A última versão da Kombi conta com detalhes nostálgicos,
como pintura de cores diferentes na parte mais alta e na mais baixa do modelo,
grade dianteira superior e molduras de setas e faróis pintados na cor do
veículo e pneus com faixa branca.
A Volkswagen anunciou nesta quarta-feira que produzirá uma
série limitada da última edição da Kombi, que sai de linha no final deste ano.
Com ar de peça de colecionador, o modelo, batizado de "Last Edition"
terá 600 unidades fabricadas e custará R$ 85 mil.
A última versão da Kombi conta com detalhes nostálgicos, como pintura de cores diferentes na parte mais alta e na mais baixa do modelo, grade dianteira superior e molduras de setas e faróis pintados na cor do veículo e pneus com faixa branca.
No interior, a última versão da Kombi terá bancos em vinil,
com faixas em azul e branco, e uma plaqueta no painel identificando o número de
série do modelo.
História
A Kombi foi idealizada pelo holandês Ben Pon na década de
1940, que projetou a combinação do Volkswagen Sedan em um veículo de carga
leve. Lançada na Alemanha em 1950, o modelo era equipado com motor 4 cilindros
1.2 l com refrigeração a ar e 25 cavalos de potência.
Ao lado do Fusca, a Kombi marcou o início das atividades da
Volkswagen no País, há 60 anos. Sua montagem começou no ano de 1953, em um
galpão no bairro do Ipiranga, em São Paulo.
A partir de 2 de setembro de 1957 o modelo passou a ser
efetivamente produzido no Brasil, na fábrica Anchieta, em São Bernardo do
Campo. A Kombi foi o primeiro veículo fabricado pela Volkswagen do Brasil,
antes mesmo do Fusca – e o primeiro feito pela empresa fora da Alemanha.
O nome Kombi é uma abreviação, adotada no Brasil, para o
termo em alemão Kombinationsfahrzeug, que em português significa “veículo
combinado” ou “combinação do espaço para carga e passeio”. Na Alemanha o modelo
recebeu o nome VW Bus T1 (Transporter Número 1).
A versão brasileira trouxe em seu lançamento o mesmo motor
de quatro cilindros de 1.2 l refrigerado a ar, mas com potência de 30 cavalos.
Além das versões com janelas traseiras de vidro ou furgão, a
Kombi também foi fabricada como pick-up, com cabine simples ou cabine dupla.
Menos de quatro anos após seu lançamento no Brasil foi
introduzido no mercado nacional o modelo de seis portas, nas versões luxo e
standard, com transmissão sincronizada e índice de nacionalização de 95%. A
versão picape surgiu em 1967, já com motor de 1.500 cm³ (potência bruta de 52
cavalos) e sistema elétrico de 12 volts.
A trajetória internacional da Kombi brasileira se iniciou
com as exportações da Volkswagen do Brasil nos anos 1970 para mais de 100
países. Os principais mercados externos da Kombi foram Argélia, Argentina,
Chile, Peru, México, Nigéria, Venezuela e Uruguai.
Em 1975, a Kombi passou por uma reestilização e também teve
a cilindrada do motor ampliada para 1.600 cm³. A potência bruta era de 58
cavalos. Três anos mais tarde, esse motor 1.6 l ganhou dupla carburação, o que
aumentou sua potência bruta para 65 cavalos.
A opção com motor 1.6 l a diesel surgiu em 1981. Com quatro
cilindros em linha e refrigerado a água, esse motor desenvolvia potência de 60
cavalos e era oferecido para as carrocerias furgão e picape – a opção cabine
dupla também foi introduzida naquele mesmo ano.
Em 1982 foi introduzida a versão movida a etanol do motor
1.6 l com potência de 56 cavalos.
No ano seguinte, a Kombi ganhou painel e volante novos, além
da alavanca do freio de mão, que sai do assoalho e passa para debaixo do
painel. As versões a diesel e cabine dupla incorporaram novidades e itens de
conforto como cintos de segurança de três pontos, bancos dianteiros com encosto
de cabeça e temporizador para o limpador do para-brisa, entre outros.
Em 1997 chegou a Kombi Carat, que apresentava soluções como
teto mais alto (recurso que passou a ser adotado em toda a linha), porta
lateral corrediça e a ausência da parede divisória atrás do banco dianteiro.
No fim de 2005, a Kombi se tornou flexível, recebendo o
motor 4 cilindros 1.4 flex.
Um dos pontos fortes em sua comercialização sempre foi a
fácil adaptação para os mais diversos tipos de uso: a Kombi foi usada como
ambulância, viatura policial, veículo do Corpo de Bombeiros, veículo de lazer,
escritório volante, biblioteca circulante, carro funerário, lanchonete e até
carro de reportagem de televisão e rádio, entre outras versões.
Desde setembro de 1957 até julho de 2013 foram produzidas
1.551.140 unidades do modelo na fábrica de São Bernardo do Campo. Após 56 anos
ininterruptos de produção no Brasil, a Kombi tem a história de maior
longevidade na indústria automobilística mundial.
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